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Fala galera do Gamerscore Brasil, beleza? 

Vamos conhecer Warno, um RTS militar com uma pitada de guerra fria, realismo, multiplayer e combates táticos em grande escala onde uma pequena falha pode significar a perda de uma batalha. 

Warno foi lançado em maio desse ano pela Eugen Systems. A desenvolvedora e publicadora trouxe uma proposta similar ao já bem avaliado game Steel Division. Que basicamente entrega o mesmo jogo só que em um período histórico diferente. 

Vamos entender o que novo título tem a oferecer nessa análise objetiva que vai te ajudar a decidir se vale ou não apena adquirir o jogo. Eu sou o Lemm e sejam todos muito bem-vindos.

| Trailer

| Sobre o que é o jogo? 

Pra começar Warno não tem uma pegada que estamos acostumados quando pensamos em RTS. O game consegue ser lento e ao mesmo tempo exigir decisões rápidas que mudam o curso da campanha. Quando jogamos um RTS estamos acostumados a interações intensas onde geralmente a quantidade de clicks por segundo faz a diferença. 

Nesse título as coisas não funcionam assim. O jogo é sobre fazer a melhor combinação possível entre diversas categorias de unidades: reconhecimento, artilharia, Infantaria, Blindados, Suporte aéreo e até a logística são alguns dos exemplos que podem ser combinados. 

Dentro dessas categorias cada unidade possui um conjunto de características que podem ser usadas cirurgicamente para alcançar os objetivos da estratégia geral que o jogador está aplicando no campo de batalha. 

Por exemplo, uma infantaria pode ter diversas especializações, desde combate em ambiente fechado a apoio antiaéreo. Isso significa que você terá que se adaptar o tempo todo ao terreno e às unidades usadas pelo seu adversário. 

Imagine ter que neutralizar um esquadrão antiaéreo no meio de uma floresta densa. Existem várias abordagens que podem ser tomadas:

• Primeiramente, nesse cenário é improvável que você queira perder a mobilidade dos seus blindados adentrando a floresta para caçar seus inimigos; 

• Você pode decidir enviar um pelotão especializado no combate em ambientes fechados, arcando com o risco daquela região possuir unidades ocultas apenas esperando para realizar uma emboscada; 

•Pode decidir bombardear o local com sua artilharia, porém isso vai denunciar o posicionamento dela. Quem sabe não é exatamente o que o adversário quer provocar? 

• Talvez resolva usar um avião especializado em stealth para bombardear o local, mas será que seu oponente possui uma aeronave aguardando a oportunidade de te neutralizar? 

Enfim, ao jogar Warno você estará o tempo todo em uma briga que mais parece um xadrez supercomplexo. 

A maioria das partidas envolve capturar locais, desde cidades a encostas de montanhas, rios e florestas. Adentrar e proteger essas regiões exige muito conhecimento das unidades, do terreno e do inimigo. Por isso Warno é um jogo fácil de entender mais muito difícil de masterizar. 

 Tudo segue uma lógica realista, então você não vai perder tempo aprendendo para que serve cada coisa, porém combinar a imensa quantidade de possibilidades é algo que só os veteranos e mais pacientes serão capazes de fazer.

| Planejamento 

Assim que você começar a jogar vai notar que existem nações e dentro de cada nação existem diversos grupos de batalha, cada grupo de batalha possui unidades exclusivas. O jogador precisa entender exatamente os pontos fortes e fracos do grupo de batalha escolhido, isso implica inspecionar cada unidade do seu grupo e entender as características delas. É quase necessário um curso preparatório do jogo para você começar a poder ser competitivo em partidas multiplayer. 

Sem planejamento você não terá a mínima chance de desfrutar de uma partida. E é esse o ponto fraco e forte do jogo. 

É possível customizar seus grupos de batalha e fazer diversas combinações de unidades para levá-las ao combate. É muito interessante entender as possibilidades e escolher estratégias que mais se adequam ao seu perfil de jogo. Um simples blindado por exemplo, pode possuir diversas funções, desde apoio a unidades próximas, aumentando a eficiência, a capacidade anfíbia e até balas explosivas anti-infantaria. É uma mistura de infinitas possibilidades. 

No início de capa partida há a fase de deploy, onde você pode escolher as unidades que começarão no mapa. Existem algumas unidades leves que podem começar fora da zona inicial, trazendo vantagem logo no início do jogo. Então o planejamento basicamente passa por três fases: 

  1. A Escolha do grupo de batalha 
  1. A Fase de deploy 
  1. E Adaptação às unidades inimigas

| Combate 

O combate é bem bonito de se ver. Não é comum assistir de perto as batalhas, mas também você não irá ignorar os momentos de ação o tempo todo. Grande parte do tempo você olhará a visão tática e pontualmente vai assistir o triunfo das suas tropas de perto. 

As unidades possuem coesão, que é resumidamente a moral do grupo. Quando a coesão baixa demais os soldados fogem do combate para salvar suas vidas. Existem características de unidades que trabalham exatamente esse aspecto do jogo. Como por exemplo a polícia militar, que impede que a coesão dos soldados baixe rapidamente. 

Outra coisa interessante é que durante um combate é possível ver o progresso da mira e recarregamento antes dos disparos. Muitas vezes você vai olhar aquela bolinha lá carregando e torcer para que o seu tanque de guerra atire primeiro. 

As estruturas podem ser destruídas e existem bônus de terreno, por exemplo, infantarias recebem menos dano e mais camuflagem em florestas. 

Mas a grande verdade é que o combate não influencia muito o curso da jogo. Ele é só uma fase resultante do melhor posicionamento de cada unidade. Geralmente não é possível mudar o curso de um combate após o seu início, já que o deslocamento no mapa gigantesco é lento, impossibilitando o envio de reforço imediato. Isso quer dizer que geralmente quando você entra em uma briga, o resultado dela vai depender das circunstâncias atuais da região e não da sua habilidade em tempo real de dar ordens aos envolvidos. É como se naquele momento você já tivesse posicionado as suas peças no tabuleiro e a única coisa a se fazer é observar o resultado das suas escolhas. 

| A Campanha 

A campanha do jogo é um pano de fundo bem elaborado, mas pouco inovador. Ela é relevante para aprender as mecânicas do jogo e conhecer de perto as nações disponíveis. A verdade mesmo é que o multiplayer é o ponto forte. Existem alguns modos de jogo como partida ranqueadas onde você deve manter o controle de regiões para pontuar, mata mata e multiplayer de até 20 pessoas na mesma partida! 

| Conclusão 

Warno é um jogo que utiliza uma fórmula que já funciona para os jogadores da Steam, mas que não se trata de um RTS abrangente, sendo um jogo fácil de entender e muito difícil de masterizar. É um título que vai trazer muitas horas de jogatina devido ao seu multiplayer com bastante players, mas que no fundo vai segurar apenas os amantes de estratégia tática e jogadores dispostos a estudar o jogo profundamente.

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| Avaliação

[detailsTable showheader=”0″]História;
Visual ;
Áudio;
Jogabilidade;
Diversão ;
[/detailsTable]

| Outros Detalhes

[detailsTable showheader=”0″]VISUAL;VISÃO ISOMÉTRICA
MODO DE JOGO;SINGLE-PLAYER
TIPO;RTS / ESTRATÉGIA


Autor

  • Lemm

    Sou ex-engenheiro de software, fundador do Clube Cultura Gamer (CCG), e narrador de tabletop RPG de horror. Amo os jogos eletrônicos desde 1997. Me considero um Sommelier de Games. Sou apaixonado por detalhes, histórias e mecânicas. Adoro debates fundamentados. Dou preferência a games sandbox, colony management sim, co-op, survivor e RPG. Também gosto de conversar sobre investimentos, política e a rotina da vida. Aperta o PLAY!

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